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Nem que seja além dessa vida, eu vou estar te esperando (...) - Te espero, Luan Santana.
Batia
o pé descontrolada mente perto do estacionamento do colégio, esperando o
maldito Hatch amarelo dela aparecer. Vezes ou outra olhava meu celular, especificamente
a mensagem que recebi dele. Passei a noite inteira rodando na cama sem
conseguir pregar o olho. Por que droga fui mandar uma mensagem pra ele mesmo? E
por que ele tinha que responder ela!
Estava
tão aérea em meus pensamentos que não tinha percebido Mary me olhando confusa.
— Finalmente! – suspirei aliviada, ela franzi
o cenho, guardado a chave do seu carro na mochila.
— O que foi Zoey? – perguntou ela com a
voz rouca, ergui a sobrancelha.
— Por que ta rouca? – perguntei, ela
revirou os olhos e me puxou pra uma das mesas de piquenique que havia no pátio do
colégio, o sinal ainda não tinha tocado, então o pátio estava rodeado de gente,
e como na cantina cada um em seu “grupinho”, patético eu sei!
— Aqueles demônios idênticos. – rosnou,
jogando a mochila rosa na mesa e se sentando nela, ri de sua cara de desgosto e
me sentei ao seu lado.
— Sempre eles... – murmurei, depois de
um tempo enquanto olhávamos a movimentação a nossa frente.
Os nerds
estavam todos agrupados em uma mesinha a nossa frente, tagarelando sobre
geometria, guerra espacial e outras coisas que gente normal nunca ira entender,
os skatista andavam com seus skates fazendo suas manobras e paquerando as
lideres de torcidas que treinavam livremente perto da porta de entrada do colégio,
eu ainda não tinha visto o Justin, isso não era uma novidade, eu nunca
conseguia vê-lo, somente no intervalo, ou quando ele treinava pros jogos no
campo atrás do colégio.
— ZOEEY! – pulei assustada com o grito
que Mary deu. Ela estava a minha frente com o rosto corado e com um olhar
assassino.
— Que foi garota? – perguntei, puxando
seu braço, fazendo que ela sentasse.
— Que foi digo eu, tava ai toda
paradona, e não me ouvia. – cruzou os braços e me olhou sugestivamente. — Por que me esperou no estacionamento?
Você nunca faz isso, claro, só quando quer algo. – atacou me fazendo da um
risinho nervoso e mexer as mãos – que ainda segurava o celular. Ela olhou pra
minhas mãos e sorriu maliciosamente, suspirei.
— Eu fiz o que você pediu. – murmurei, voltando
o olhar pros nerds, era melhor que encarar o sorriso vitorioso dela, que eu sei
que ela estava fazendo.
— VOCÊ LIGOU PRA ELE! – gritou animada,
arregalei os olhos, todos no pátio haviam parado para encarar uma louca que
dançava a minha frente, olhei pros lados onde uma garota de cabelos curtos e
avermelhado me olhava balançando a cabeça sorri nervosamente pra ela.
— Eu não a conheço. – sussurrei pra
menina, que balançou a cabeça e saiu, coloquei as mãos no rosto, tentando
ignorar a doente dançarina a minha frente.
— Me conta t-u-d-o. – Mary disse,
puxando minhas mãos do rosto, bufei afastando minhas mãos dela.
— Por que eu sou sua amiga? – questionei
mais pra mim que pra ela, ela riu e sentou novamente, no lugar que não devia
ter saído.
— Por que sou a única que te aguenta. –
falou dona da verdade, bufei, mas não deixava de ser verdade.
— Eu não liguei pra ela idiota. –
grunhi, ela me olhou confusa.
— Como não? Você disse... – apontou pra mim,
e balançou a cabeça.
— Eu disse que fiz o que você pediu, mas
não disse que liguei pra ele. – dei de ombros.
— Então o que você fez? – falou baixo,
dei um sorrisinho.
— Eu mandei uma mensagem pra ele. –
respondi, ela ergueu a sobrancelha.
— Eu pedi isso? – perguntou confusa, mas antes que
eu respondesse continuou agora com a voz animada. — Ele respondeu não foi? – seus olhos
brilhavam de animação.
— Sim. – murmurei, ela deu um riso largo
e puxou meu celular. — Ei!
– reclamei, mas ela não ligou, e começou a bisbilhotar meu celular.
— Por que você não disse quem era? E por
que você não o respondeu? – falou rápido, me deixando envergonhada.
— Eu não sei o que mandar. Você que me
colocou nisso. – acusei, ela então sorriu maliciosamente, e eu podia jurar que
uma lâmpada surgiu em cima da sua cabeça.
— Bom muito bom. – murmurou enquanto começava
a digitar no celular, eu tentava vê o que ela fazia, mas ela sempre desviava.
— O que você ta fazendo Mary!? –
questionei sem paciência, e no exato momento em que ela parou de digitar e
clicou em um botão, Justin apareceu.
Como posso
descrever a imagem dos deuses a minha frente? Justin estava lindo, o que não
era novidade, o garoto era a personificação de apolo, lindo. Ele usava uma
calça preta com uma camisa branca por baixo de uma jaqueta também preta, sempre
com sua supra no pé, e estava de boné pra trás, ele vinha com seu amigo Ryan
até que parou no meio do pátio – fazendo um monte de garotas suspirarem, ok! Eu
também. – e pegou seu celular, leu o que tinha e começou a olhar ao redor, meu
sangue na hora gelou e eu olhei mortalmente pra uma Mary que ria inocentemente e
me entregava o celular, era impossível o Justin desconfiar que foi eu ou Mary
que mandou a mensagem, afinal, estávamos em um pátio cheio de adolescentes que
amam tecnologia. Justin olhou mais um pouco ao redor, como não encontrava o que
queria, ele bufou e voltou a andar conversando com Ryan que parecia confuso.
— O que você fez? – perguntei, sem
coragem de olhar a mensagem que ela mandou. Ela sorriu malandra.
— Como meu maravilhoso Sherlock Homes
diz: “se sua amiga é idiota o bastante pra fazer uma loucura, faça a loucura
por ela”. – abri e fechei a boca varias vezes, tentando não voar no seu
pescoço.
— Ele não disse isso! – falei revoltada,
ela olhou pra mim e riu, pegando sua mochila e ficando a minha frente.
— Se não disse, deveria. Beijos. – falou
no exato momento que o sinal tocou e o pessoal começou a entrar no colégio.
Balancei a cabeça indignada com tanta maluquice, e decidir vê a mensagem.
De: Desconhecida.
Para: Justin.
“Bom Dia Justin, quem sou eu? Vamos deixar em anônimo,
por enquanto, só te digo que estudo no mesmo colégio que você. Não vou dizer
como consegui seu numero, posso ser presa por isso rsrs. Que bom que te deixei
curioso, isso é ótimo pra uma amizade, ou algo a mais claro. Podemos ser
amigos?”
Olhei pra
mensagem varias e varias vezes, quanto tempo eu ficaria na cadeia por matar a
Mary?
Respirei
fundo decidida a não me estressar, e no momento que me levantei pra entrar no colégio,
meu celular bipa, me avisando de uma nova mensagem, sentir meu estomago
embrulhar e cliquei no botão “open” com o coração na boca.
De: Deusa da investigação.
Para: Bocó.
“HAHÁ, aposto que pensou que era ele né safadinha kakaka,
beijos, te amo.”
Se antes
não queria mata-la por ser presa, agora nem ligo, bufei guardando o celular
novamente e entrando no colégio, quando meu celular novamente bipou no bolso, e
eu já bufando de raiva abri a mensagem imaginando ser Mary novamente, e meu ar
faltou ao ver que era do Justin, me escondi entre os armários e abri a mensagem
engolindo em seco.
De: Drew
Para: Desconhecida.
“Esta bem, se não quer se revelar. Admito que fica mais
interessante assim, mas acho que não posso ficar chamando de desconhecida
sempre, por isso acho melhor te colocar um pseudônimo, que tal Sunshine? Gosto
desse nome (:, e respondendo sua pergunta, sim, é claro que podemos ser amigos,
ou talvez algo mais ;p, bom dia Sunshine”
Eu estava hiperventilado,
o ar entrava devagar em meus pulmões e sai com força, eu era amiga do Justin?
Claro, anonimamente, mas era. E ele me chamando de Sunshine, meu deus, Calma
Zoey, se concentra! Bom, já que começamos.
De: Sunshine.
Para: Justin.
“Sunshine? É o nome legal, gostei. Que bom que possamos ser
amigos, é incrível e irreal pra mim. Bom Justin, agora vou pra aula.
Conversamos mais tarde! Beijos”.
Enviei a
mensagem e coloquei o celular no vibrador, e corri pra minha sala, aula de
Biologia. Não sou muito ruim nessa matéria, mas meu companheiro de bancada é, e
sempre tiro uma nota menor do que merecia por conta dele. Entrei na sala que já
estava cheia, mas por sorte o senhor Moreira, ainda não havia chegado, rumei em
direção a minha bancada onde Lupe estava ele era um garoto estranho, vivia
dormindo na aula do senhor Moreira e sempre quem se ferrava era a invisível aqui.
Sim, ate os professores eu era invisível. Sentei na carteira e sorri sozinha ao
me lembrar da mensagem do Justin. O professor não demorou a entrar, e junto a
ele estava à secretaria sem nome, não por que ela era sem nome, mas sim por que
ninguém sabia mesmo, Mary sempre diz que ela se veste mal, e era verdade.
— Atenção classe! – a voz grossa do
senhor Moreira fez a turma rapidamente silencia todos prestando atenção nele. — Por alguns motivos, o senhor Senna irá
trocar de turma e teremos um novo aluno na classe. – todos olharam em direção a
Lupe que roncava ao meu lado, revirei os olhos e dei um beliscão o fazendo
pular da cadeira, todos riram menos eu e o professor.
Era obvio o
motivo de Lupe sair da turma, o senhor Moreira não aguentava mais ele roncando
na turma, e eu admito que também não, mas já estava tão costumada com ele e não
queria um novo aluno na turma, por que quem ia ter que ser companheira dele era
eu. Nossa, que azar!
— Vamos senhor Senna. – chamou a
secretaria, Lupe levantou da cadeira confuso e saiu da sala, pude jurar que o
professor deu um sorriso vitorioso.
— Quem vai ser o novo aluno? – perguntou
alguém do fundo da sala.
— Pode entrar senhor Bieber. – ele falou,
respondendo a pergunta e fazendo a sala toda ficar surpresa, todos olharam então
pra porta onde Justin passou e sorriu pra todos, e então os múrmuros começavam.
— Silencio! – falou senhor
Moreira. — Pode se sentar
no lugar do senhor Senna. – apontou ele pra mim, olhei confusa e ainda chocada
e admirada com Justin.
Então a fixa
caiu, Justin ia sentar ao meu lado! Comigo! Comigo!
Justin então
assentiu pra o senhor Moreira e veio em minha direção, eu sabia que todos pela
primeira vez que estudava ali me observavam, mas meu olhar estava nele, Justin
se acomodou ao meu lado e se concentrou no professor que já estava começando a
aula, mas tava difícil me concentrar em qualquer coisa que não fosse Justin ao
meu lado, cheiroso e lindo. Sou sortuda! Chupa sociedade! Claro, não era a única
olhando pra ele, metade da sala – todas as meninas. – olhavam pra ele, tinha
até algumas que se viravam e o encaravam na cara dura.
— Acredito que na sua turma já tenha
dado genética não é mesmo senhor Bieber? – perguntou o professor.
— Sim professor, nossa turma estava
estudando Genômica. – respondeu ele sorrindo e fazendo todos suspirarem vulgo
garotas.
O professor
assentiu e continuou a aula, e eu respirei fundo e decidir não encara-lo mais,
se mantem calma.
— Oi? – meu coração parou, respirei
fundo e olhei pra ele.
— Hã? – parabéns Zoey, ótimo momento pra
se fazer de lesada, mas pelo menos não fiquei muda.
— Sou Justin. – se apresentou, e eu
reprimir a vontade de revirar os olhos e dizer “É mesmo? Não diga!”.
— S-sou Zozoey. – eu poderia me socar
por ter gaguejado!
— Zozoey? – ergue a sobrancelha e riu. — Prazer. – riu, balançando a cabeça e
olhou novamente pra frente. Parabens Zoey, agora ele vai achar que você é
lesada. Palmas pra mim!
Gemi de
desgostou e me encolhi na cadeira, rezando pra que a aula passasse rápido,
quando de repente sinto o celular tremer no bolso da minha calça, e Justin
segurando o celular. Arregalei os olhos. FUDEU!
Continua...
Recomendem a Fanfic pessoal. O que acharam do capitulo? Comentem, não mata não viu kk Sigam o blog pessoal, beijos até a próxima.
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