11 abril 2013

8° Capitulo - Only Hope

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E foi então que eu te conheci, o garoto que conseguiu me tocar, eu não entendia por que, ou talvez ainda não entenda, mas eu acreditei e confiei em você tão rápido, tão fácil. - Bella.

— Bella você ta bem mesmo? – ouvi o Justin me perguntar, já devia ser a quinta vez que ele me perguntava isso.
— Estou. – disse com a garganta seca, ele me olhou estranho e assentiu olhando novamente pra mesa em que nossos amigos estavam. Respirei fundo, tentando me concentrar na conversa que fluía ali.
— Vamos ao Luau da Cristina no próximo mês! – disse Alice entusiasmada, Alex tomou um gole de sua cerveja e fez careta pra ela.
— Por que querida amiga iriamos pra toca da cobra? – falou ele com sua ironia presente.

   Estamos no bar que nos conhecíamos, a diferença que agora era à tarde e o lugar estava praticamente deserto, com apenas dois casais na mesa a nossa frente, e duas mesas ocupadas. Eu não queria sair do apartamento, na verdade eu estava querendo morrer, mas ate isso eu não conseguia.

— Por que caro amigo. – respondeu, revirando os olhos. — Temos que nos divertir, e infelizmente ela foi à única que teve a ideia do luau e vamos. – falou decidida, Alex deu de ombros desistindo da briga.
— Nós não vamos. – falou Justin, abraçando meu ombro. Alice olhou chocada pra nos e negou com a cabeça, fazendo bico.
— Por favor, Justin. – pediu, com os olhos pidões, sorri de lado, Alice sempre fazia isso.
— Nem pensar. – ele negou, abafando um risinho, Alice bufou e cruzou os braços.
— Veremos. – murmurou, Daniel riu da cena e beijou sua testa.

    Sabe aquela vontade que te da de chorar até toda dor em seu peito sumir? Era exatamente essa a minha vontade. Tinha vontade de chorar, gritar... Só de pensar que em menos de um dia estaria de volta aquele pesadelo.

— OOH BELLA! – pulei da cadeira assustada com o grito estridente que Alice deu, um pouco confusa olhei em sua direção, Alice estava com uma cara feia enquanto Alex e Justin riam dela, Daniel por alguma razão massageava o braço esquerdo com um bico.
— Oi? – murmurei, Alice me fuzilou com os olhos e eu um pouco assustada me encolhi na cadeira.
Não me julguem, Alice podia ser baixinha, mas era um capeta.
— Que tipo de amigos eu fui ter. – suspirou derrotada, cruzando os braços.

     Todos na mesa começaram a ri, me deixando mais confusa.

    Quatro da tarde saíram do bar, e eu finalmente soube o que deixou Alice com raiva, Justin e Alex começaram a chama-la de baixinha – mesmo sabendo do seu complexo por altura. - e Daniel não a defendeu, como um namorando faria (segundo ela.) então ela esperou que eu, sendo sua única amiga na mesa a defendesse, sorte que eu estava perdida em pensamentos. Justin me levou até meu apartamento.

— Sobe comigo? – pedi enquanto ele me acompanhava até o portão central, ele sorriu de lado e balançou a cabeça confirmando, meu coração se alegrou e se apertou ao mesmo tempo, seria a ultima vez que eu estaria com ele.

   Fomos a silencio, cada um perdido em seu pensamento, o que era estranho Justin sempre gostou de falar, sobre qualquer coisa, e quando não tinha o que falar ele simplesmente fazia brincadeiras ou contava piadas – grande maioria sem graças, mas ele não precisa saber. – mas hoje ele estava silencioso, misterioso quase não parecia o Justin que eu conheço. Entramos no meu apartamento, e como sempre acontecia ele foi se sentar no sofá, quer dizer, se esparramar nele. Dei um risinho e fui à cozinha beber agua, estava de costas pro balcão que havia lá, tomei um susto quando ouvi a cadeira arrastar me virei assustada me deparando com Justin, que me olhava diferente, quase como se quisesse me decifrar.

    Oh não!

— Que foi? – perguntei um pouco nervosa, odiava ser observada com tanta intensidade, desviei o olhar dos seus olhos penetrantes e me concentrei no copo de agua a minha frente, rodeando meu dedo na boca do copo.
— Bella o que te aconteceu? – ele me perguntou, levantei minha cabeça lentamente pra olha-lo.
— Como assim? – murmurei, ainda olhando em seus olhos.
— Como assim isso! – falou, puxando meu braço pra frente e levantando rapidamente a manga da minha blusa até o topo, foi tão rápido e inesperado que não tive tempo de reagir.

   Ele então apontou pra meu braço, e lá estavam todas as cicatrizes e queimaduras que tanto escondi, era estranho mostrar isso a alguém, quer dizer, ter alguém ao meu lado vendo as marcas do meu passado, sentir meus olhos queimarem e minha garganta travar, puxei com força meu braço de encontro ao meu peito e chorei, sim, chorei com nojo de mim, com nojo do meu egoísmo, com nojo da minha capacidade de acreditar que eu teria direito de ser feliz. Olhei em direção ao Justin, que me olhava angustiada e com culpa, não queria que ele se sentisse assim, nunca foi culpa dele se eu fui egoísta.

— Bella, por favor, não chore. – ele pediu com a voz implorativa, vindo em minha direção, me afastei dele.
— É melhor você ir. – solucei a cada palavra.

    Ele olhou assustado pra mim, e sua boca tremeu de leve, ele sempre fazia isso quando ficava nervoso com algo, e correu ao meu encontro, e tarde demais percebi que estava entre a parede e ele, Justin segurou meu rosto com as duas mãos apertando de leve minhas bochechas, me fazendo fazer um biquinho, olhei com os olhos molhados para ele que parecia desesperado e angustiado, e beijou meus lábios com força, mas não deixou de ser delicado e macio como todos os beijos que ele me dava, seus lábios pareciam desesperado por mim, sua língua me fazia ter sensações prazerosas demais, ele então se afastou ofegante e encostou sua testa na minha, me queimando com seus olhos que tanto amo, não pude desviar deles, eram como se fosse minha prisão.

— Bella, não me mande ir. – ele implorou sussurrando perto do meu lábio, sentir o cheiro de canela e menta que tanto me embriagava. — Por favor, só me deixe ajuda-la, eu preciso ajuda-la. – murmurou acariciando meu rosto de leve, fechei os olhos com força, sentindo as lagrimas descerem grossas por meu rosto.

Eu queria tanto conta-lo, dizer tudo que me aconteceu, mas meu passado era tão sujo, ele nunca ia me perdoar, ele não iria mais olhar na minha cara, e constatar isso é pior do que qualquer coisa que Fernando me fez passar esses anos todos.

— Eu não posso. – suspirei, olhando novamente pra ele. Ele então se afastou, e rapidamente sentir falto do calor que seu corpo me transmitia. — Por favor, vá embora Justin. – falei, tentando em vão segurar as lagrimas traíras que desceram por meu rosto, ele me olhou com os olhos triste e sem nada dizer, pegou seu casaco e saiu do meu apartamento.

    Encostei-me a parede, me permitindo chorar toda dor novamente, eu nunca iria parar de chorar? Eu não merecia ser feliz novamente? Sempre estaria marcada pela sombra de Fernando a onde eu for, e eu não podia fazer com que ninguém sobresse ou se machucasse por causa dele.

   Fui em direção à mesa, e peguei um papel e escrevi tudo que ninguém soube, eu iria partir pra nunca mais vê-los, mas ele precisava saber o que aconteceu com Isabella Stewart, talvez essa seria minha ultima chance.

Justin POV.

    Não conseguir dormir, eu rolava de um lado para o outro na cama, mas nada me fazia parar de pensar nas marcas que vi pelo braço de Bella, seus olhos desesperados, ela estava tão indefesa e eu fiz a merda de deixa-la e ir pra casa, eu sou um idiota.

     Resolvi falar com ela, eu precisava vê se ela estava bem, eu precisava eu necessitava vê-la.

     Pulei da cama indo em direção ao banheiro pra uma ducha rápida, e voei ate o guarda roupa pegando a primeira que eu vi, calcei meu tênis e corri em direção a garagem, parecia que quanto mais tempo eu demorasse mais meu coração implorava por ela.

      Pois é, Justin, você esta apaixonado!

  Nunca corri tanto com o carro, passando por um ou dois faróis vermelhos, mas foda-se, era Bela, minha Bella.

  Cheguei ao seu apartamento em tempo record, Antônio me olhou assustado, segurei o balcão dele e falei rapidamente, quase sem fôlego.

— Deixe-me entrar, preciso vê Bella. – pedi, ele então me olhou um pouco envergonhado, e sem me dizer nada me entregou um envelope, franzi o cenho olhando para a frente dele que estava escrito com uma letra conhecida por mim “Para: Justin“, virei a carta encarando confuso a seguinte frase.

“O meu verdadeiro passado, me desculpa.”


   Olhei confuso e angustiado aquela carta.

— Ela se foi Senhor Bieber, e deixou isso pra o senhor. – falou Antônio, o que eu já desconfiava. Assentir pra ele, sentindo meu coração apertar, ela tinha me deixado.

   Entrei no carro, e não tive coragem de mexer um musculo, Isabella havia ido embora, me deixado e eu não sabia o porquê. Mas ao pensar nisso meus olhos miraram na maldita carta, a peguei logo abrindo, eu sabia que o que estivesse escrito nela iria mudar tudo, mas eu precisava saber o que tanto machucou Bella, meus olhos focalizaram em sua caligrafia.


"Olá Justin, se recebeu essa carta provavelmente você foi me procurar, como eu penso que vai, primeiramente eu peço desculpa por ser tão covarde a ponte de não te contar meu passado olhando pra ti, mas quero que entenda que é difícil... Desculpa-me... Não vou pedir que entenda ou aceite nada do que eu escrever a partir de agora, mas esse é meu passado, é a sujeira que eu aguento dia após dia desde dos meus 13 anos. Quando eu tinha 10 anos minha mãe se casou com um cara, Fernando era seu nome, bom, minha vida não era difícil minha infância era demais. Fernando era o pai que todo mundo quer, ele me mimava, me agradava e fazia eu e minha mãe feliz era isso que importava, mas às vezes a felicidade dura tão pouco. Quando eu completei 12 anos minha mãe biológica morreu de câncer, eu podia ter escolhido entre morar com meus tios ou com Fernando, e eu escolhi Fernando, eu era uma criança e só tinha a ele como figura paterna, esse foi meu primeiro erro. Fernando foi exatamente o que era antes até um tempo, quando o conselho marcava em cima, e eu sempre o escolhia, mesmo com insistência dos meus tios, então minha guarda finalmente ficou com ele, Fernando tinha minha tutela pra sempre, ate eu atingir maior idade, eu realmente achei que seria ótimo, segundo erro. Quando completei 13 anos meu inferno começou, Fernando me maltratava, me batia e exigia que eu fizesse tudo que ele mandasse, eu chorava todas as noites por causa disso, e foi assim que aquelas queimaduras surgiram, Justin, Fernando sempre chama seus “amigos” pra umas “reuniões” lá em casa, e eu sempre era queimada por cigarro por eles quando não fazia o que eles pediam, não, não sexualmente, pelo menos não ainda. Meus 14 anos foram os piores, Fernando começou a invadir meu quarto à noite, grande vezes bêbado ou drogado, e foi em uma das noites que eu fui estuprada por ele, eu tentei fugir, mas ele sempre me encontrava e me castigava mais e mais, eu estava no inferno onde ninguém podia me ajudar. Meus 15 anos foi o pior de todos, Fernando, tem uma boate de prostituição na fronteira com o México e me obrigou a começar a trabalhar lá, sempre com a ameaça de matar meus tios, eu nunca tive opção a nada, toda noite eu e algumas garotas jovens que também eram mantidas presas, eles usavam de mim, grande parte me drogando e outras me forçando, mas a noite nunca acabava, Fernando sempre ia ao meu quarto e me cortava toda vez que eu agredia um “cliente” e não eram poucas, era o meu corpo, era minha vida, era minha infância sendo destruída dia após dia pelo homem que pensei que podia confiar, e foi então que eu decidir reagir, eu não aguentava mais. Em uma das noites, eu fugir do maldito inferno, eu não sei como conseguir, mas fugir. Fui ajudada por um casal de camponês que me acolheram e me ajudaram, mas as marcas estavam ali, meus sofrimentos, e foi quando descobrir que estava quebrada que não existiria mais uma Isabella feliz, por conta da pobreza dos dois, teve que ia ao um orfanato, lá eles fizeram todos os tipos de exames em mim, e por algum milagre eu não tinha nenhuma doença ou sequela, engano deles, eu sou suja. Não contei minha historia pra ninguém, não conseguia acreditar em ninguém. Eu não tinha mais esperanças de nada, então eu comecei a tentar me matar, varias e varias vezes e foi em uma dessas tentativas que encontre minha mãe, ela me adotou e me fez acreditar uma vez na bondade, mas sempre com o medo da sombra dele, do demônio. E foi então que eu te conheci, o garoto que conseguiu me tocar, eu não entendia por que, ou talvez ainda não entenda, mas eu acreditei e confiei em você tão rápido, tão fácil. E eu sei que depois que você souber de toda minha verdade você não irar querer saber de mim, irar ter nojo de mim. Eu sempre soube que isso ia acontecer, mas droga, eu fui tão egoísta em te prender a mim, eu só... Eu só te amo, sim, eu te amo. Desculpe-me por isso, por ser quem ele me fez ser. Mas eu não iria aguentar vê-lo sentindo nojo de mim, eu só te amo. Sempre e pra sempre. Obrigada."
Com amor, Isabella. 




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Nota Final: Olá meu anjos, me desculpa a demora, mas foi que todos os capitulo que eu já escrive pra essa fic foram apagadas, não era exatamente assim que eu pensei pro oitavo capitulo, mas ok, foi o que saiu. Então anjos meus, estou escrevendo outra fic, provavelmente postarei ela amanha, talvez... Então o que acharam do capitulo, comentem não mata e faz bem pro coração da escritora aqui, desculpe se sou muito ruim assim, mas sou iniciante. Comentem, não cai o dedo. beijos, te a próxima. 

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