12 abril 2013

Secret Admirer - Capítulo 01 - Maluca com "M" de Mary

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Aviso: Leiam as notas finais. 
Eu peço em você e eu sonho com você o tempo todo, eu estou aqui sem você, amor. Mas você ainda esta comigo em meus sonhos.”  — AnwDroidd
    Mexia na gororoba a minha frente, era um tipo de mistura querendo representar algum tipo de purê, mas não era o que parecia, sua cor amarelada parecia mais vomito de bebê o que com certeza não me faria come-lo, tento imaginar o que o diretor Jackson pensa ao tirar os fundos do colégio para seu bel prazer. Ah claro! Ele pensa no dinheiro. Desisti de encarar o vomito a minha frente e me concentrei na cantina que estava medianamente cheia, o barulho lá dentro era um saco. Todos os alunos estavam sentados em suas distintas mesas separadas por seu “grupo”.

     À direita estavam os skatistas, um pessoal um pouco estranho com suas calças largas em que o cós batia no joelho deixando a mostra suas cuecas, sempre andavam grudados com seus skates e falavam sua própria língua, era uma galera legalzinha, mas odiavam os atletas, que ironicamente sentavam duas mesas ao lado, os atletas eram... Atletas, e consequentemente burros, porque só pensavam em jogos e o blá blá blá deles, também sentavam com eles  as lideres de torcida, menininhas loiras estilo barbeis sem cérebros, na esquerda sentavam os nerds, eram os mais esquisitos com seus óculos de armação exagerada e suas montanhas de livros, já tentei bater um papo com eles, mas um minutos com eles e você irá querer se suicidar por tanta informação, ao lado deles sentam os bagunceiros, não vale a pena comentar sobre eles, a mesa ao lado estava o pessoal do jornal da escola, eles era legais, as vezes, mas eram um pouco misteriosos além de serem fofoqueiros, e no centro de todas essas mesas estão os populares.

     Não, aqui não são os atletas, os populares aqui são os garotos prodígios, que conseguem ser tudo isso – menos bagunceiros. - ao mesmo tempo, sim, alguém naquela mesa era ou nerd, atleta, skatista ou os três juntos, e claro, incluindo que eram lindos e populares, e era por causa deles, especificamente um deles, que eu estava analisando a comida nojenta do colégio a uns minutos atrás.

     O nome dele era Justin, era o garoto mais incrível do colégio, jogava no time de futebol americano e era o melhor no que fazia, além de ser muito inteligente e claro inalcançável. Eu sempre o olhava disfarçadamente claro, mas olhava, porque o garoto era lindo, seus cabelos claros em um topete arrumadinho, seu rosto de bebê seus lábios rosados e seus olhos cor de mel, além do seu físico incrível, ele era perfeito. E inalcançável!  

— Zoey, você vai me amar muito a partir de hoje. – ouvi a voz aguda de Mary atrás de mim, e gemi internamente, voltando a mexer na gororoba.
— E por que eu mentiria? – falei ironicamente, ela bufou e sentou-se a minha frente, cortando qualquer contado visual com o Justin, olhei feio pra ela que apenas deu de ombros, pegando a maça da minha bandeja e mordendo.
— Eu sei que seu amor por mim é enorme. – falou enquanto mastigava, fazendo sua voz engrossar um pouco, revirei os olhos.

      Bem, você deve estar se perguntando onde eu me encachava nisso tudo? A resposta é bem simples, não me encachava, sabe aquela pessoa invisível? Não? Exatamente, ninguém me via o que era bom, por que eu odeio atenção e além do mais eu não tinha um perfil pra nenhum dos “grupos”, modéstia a parte era inteligente, mas não nerd a ponto de usar óculos fundos de garrafa e roupas de velho, eu me vestia bem e era um pouco bonita, já até namorei, uma vez, enfim, minha coordenação era horrível o que me impedia de andar de skate ou ser líder de torcida – como se elas fossem me aceitar... não! – não era popular, não gostava de ser bagunceira, e só me sobrava o jornal, eu tentei entrar uma vez, mas não consegui e justamente foi lá que eu encontrei minha única e melhor amiga, Mary, ela era do “grupo do jornal”, mas não ficava com ele por que de alguma maneira ela quis ser minha amiga, estranho não?

— Vou ignorar sua humildade. – murmurei, cutucando com o garfo de plástico a comida, não duvido nada que de dentro dela sairia um monstro.
— Não vai querer saber o motivo que vai fazer você me amar? – perguntou rápido, me deixando um pouco zonza, olhei pra ela entediada.
— Se eu disser que não você ainda vai me contar? – questionei, ela me olhou chocada.
— Mas é claro que vou! – falou, batendo de leva na mesa. — Que tipo de detetive acha que sou, se desistir na última hora? – perguntou retoricamente. Sim, a nova moda de Mary era ser detetive, veio com essa ideia na segunda feira depois de ter lido os livros de Sherlock Homes o final de semana todo, na semana passada ela queria ser vampira culpa das madrugadas que ela passou assistindo os episódios de The Vampires Diaries, foi uma semana longa...
— Você é sempre irritante assim? – perguntei bufando, afastando a bandeja parar olhar a cara de paisagem que Mary fazia, ocultando um sorrisinho travesso.
— É meu charme. – disse, balançando seus longos cabelos castanhos.
— Aff. – resmunguei, Mary me olhava esperançosa e eu não tive opção, ou perguntava ou perguntava essas eram minhas alternativas, injusto! — Tá legal. – dei por vencida, levantando os braços para o ar e seus olhos brilharam animados. — Qual foi à confusão em que você nos meteu? – perguntei ironicamente, Mary fez um bico, mas me ignorou.
— Estava eu inocentemente passando pelo corredor da secretaria... – abrir a boca para dizer algo, mas fechei rapidamente quando ela me olhou mortalmente. — Perguntas no final. – grunhiu, assentir gesticulando com a mão um fechar de zíper na minha boca, ela sorriu satisfeita. — Continuando...

    “Estava eu inocentemente passando pelo corredor da secretaria, quando de repente escuto alguém me chamando...”

Mary POV.

— Senhorita Müller. – ouvi alguém me chamar e me virei dando de cara com a secretaria mal vestida do colégio, sério, como ela consegue andar com aquela saia que mais parece uma cortina velha amarrada na cintura.
— Sim? – respondi.
— A senhorita pode, por favor, olhar a secretaria por um minuto, preciso ir ao banheiro. – resmungou, enquanto se mexia incomodada, reprimi a vontade de fazer uma careta e concordei com a cabeça. — Obrigada, estou esperando um documento, se ele for enviado pode, por favor, imprimi-lo e coloca-lo na minha mesa – não esperou eu responder e saiu correndo pelo corredor. Olhei a figura dela sumindo de minha vista e bufei, é cada uma que eu vejo, mulher ousada!
    Entrei na secretaria, que pelo menos tinha ar condicionado, fui em direção aos documentos dos alunos e como sou uma detetive em treinamento, resolvi investigar as pessoas que me rodeiam. Quando ia começar minha investigação, apareceu na tela arquivo recebido, deseja abri-lo? Apertei rapidamente o botão e meu sorriso se abriu quando me deparo com o registro de nada mais nada menos que Justin Drew Bieber, o garoto que minha best friend forever, intimamente bff, tem uma paixão, sorri internamente ao ver que na fixa dele tinha seu número celular e seu e-mail, não penso nem uma vez e anoto tudo, com medo de ser pega decido sair de lá, mas antes fui no sistema de notas e quase quebro o computador quando vejo minha nota de filosofia, C-??? NUNCA! Olhei pros dois lados e sorrindo troquei minha nota.

Mary Off

— VOCÊ FEZ O QUÊ? – gritei chamando a atenção da cantina e envergonhada me encolhi na cadeira.
— Não fiz nada demais, só achei que merecia um A-. – se defendeu, olhei de boca aberta pra ela.
— Não é disso que estou falando Mary! – chamei sua atenção, já sentindo o ar faltar. Eu sabia que devia ter me preocupado com ela antes, mas não sabia que sua maluquice chegaria a níveis alarmantes.
— AH! – se fez de entendida, e pegou um papelzinho rosa do bolso da sua jaqueta e me entregou, olhei do papel pra ela e o peguei, e lá estava o número e o e-mail dele.
— Isso é invasão de privacidade. – acusei, sem tirar o olho do papel. — Você pode ser presa. – completei, agora olhando pra ela que não parecia estar abalada.
— Você pode ligar pra ele. – ela sorriu, e eu rapidamente neguei com a cabeça. — Qual é!? – resmungou.
— Eu vou rasgar esse papel. – falei sem um pingo de convicção, ela abriu e fechou a boca com os olhos arregalados.
— Você não vai, não! – grunhiu tentando pegar o papel da minha mão.
— Vou sim! – disse, ela gemeu e pegou suas coisas e se levantou pra sair, mas antes parou a minha frente.
— Então tá, faça isso, e perca sua única chance de falar com ele, continue com essa paixonite platônica. – disse com raiva me deixando chocada e saiu.
     Olhei em direção as duas portas amarelas pela qual ela passou, e suspirei, voltando a olhar o papel cor de rosa, arregalei os olhos com a pequena frase no final da folha.

“Sua sogra se chama Pattie!”


— O que faço com você Mary? – murmurei, guardando o papel na mochila, no mesmo momento em que o sinal tocou e todos os alunos já estavam saindo, me levantei rapidamente, pegando a bandeja para leva-la as bancadas para serem lavadas.
— Vamos logo brow. – ouvi uma voz masculina atrás de mim, e me virei um pouco, e todo meu sangue congelou ao vê que era nada mais nada menos que Justin e seu amigo Ryan atrás de mim, minhas bochechas esquentaram. Arg, bela hora pra se envergonhar! Ele não está atrás de você ele não está atrás de você. Repeti em minha mente como se fosse um mantra.
— Calma. – ouvi sua voz grossa e ao mesmo tempo doce foi à gota d’agua pra minha concentração – que não ia muito bem admito. – e como já disse minha coordenação é uma vergonha, eu consegui a proeza de tropeçar e derrubar toda minha comida, parabéns Zoey.
— Oh, meu Deus! – exclamei me abaixando rapidamente para recolher as coisas e coloca-las na bandeja, mas pro meu azar àquela gororoba estava toda espalhada pelo chão, fazendo uma melança.
— Eita! – reconheci a voz do Justin e pelo canto do olhou vi ele se abaixar ao meu lado, e como se a vergonha e mico não fosse pouco, eu simplesmente paralisei e fiquei olhando pra ele, que me olhou e riu. — Quer ajuda? – ele perguntou e foi nesse exato momento que eu não falei nada.

    Imagine a cena, Justin, o garoto que eu tenho uma paixãozinha, ok uma paixão arrebatadora, na minha frente sorrindo pra mim, me perguntando se eu queria sua ajuda, e o que eu faço? Sim, eu fico olhando pra ele com a maior cara de idiota, sem conseguir falar nada. Tem como a coisa piorar?

— Amor, temos que ir. – ouvi a voz de Meggie.

    Sabe destino, quando eu perguntei se podia piorar, eu não estava te desafiando caramba, era uma perguntar retórica. Ótimo! Agora eu tô ficando doida de vez.

    Justin olhou além de mim, onde Meggie possivelmente estava, me olhou, deu um sorriso de lado e se levantou.

— Desculpa não poder ajuda-la. – disse e saiu sendo agarrado por Meggie, a líder de torcida.

   Ela não era sua namorada, mesmo dizendo para Deus e o mundo que eram, eles só tinham uns casinhos de vez enquando. Como sei disso? Mary adora bisbilhotar a vida das lideres de torcida, claro, como sendo da coluna de fofocas do jornal.

    Quando minha voz voltou, eu fugi da cantina deixando toda sujeira pra lá e voei pra minha aula de cálculo.

(...)

    Cheguei à casa exausta, largando minha mochila que estava pesando uma tonelada na entrada do corredor e fui em direção à cozinha, eu não tinha comido nada desde manhã, olhei pra geladeira onde havia um bilhete.

Filha tem comida congelada.
Beijos. Mamãe te ama!

    Amassei o bilhete e o joguei no lixo, peguei a comida e coloquei no microondas, e me sentei esperando os três minutos passarem. Batuquei os dedos na mesa, quando o aparelho apitou informando que a comida estava pronta, a coloquei no prato e comi, lavei os pratos logo em segui guardando eles, peguei minha mochila e subi para meu quarto, tinha muito exercício pra fazer.

   Lá pras quatro eu tinha acabado o maldito trabalho de física e finalmente podia respirar em paz, me deitei na cama peguei meu ipod e coloquei em uma musica aleatória, só queria relaxar. Quando já estava fechando os olhos pra dormir, sentir a mesa ao lado da minha cama tremer, e grogue de sono, peguei meu celular e olhei pra tela com os olhos um pouco fechados.

Mary chamando...

   Abri um sorriso, e rapidamente tirei um fone e atendi.

“Só pra deixar claro, ainda estou com raiva.” – falou com a voz seca assim que atendi, revirei os olhos.
— Certo, então por que ligou? – perguntei ironicamente, tirando o outro fone e me sentei na cama.
“Por que...” – falou, demorando mais tempo que costume, e a ouvi bufar do outro lado. –“Você é muito má” – gemeu, mudando a voz. Abafei o riso.
— Eu sei. – ri. Eu sabia por que ela tinha me ligado, mas não seria eu que ia começar.

Um... Dois...

“Você ligou pra ele??” – falou em um folego só e não consegui evitar a gargalhada que saltei, só consegui ouvi-la bufar e me xingar. “Zoey!” – grunhiu e eu com muito esforço parei de ri.
— Não liguei, nem vou ligar. – falei decidida.
“Por quê?” - sua voz subiu uns dois oitavos, deixando ela mais fina do que é, enruguei o rosto, afastando um pouco o telefone. 
— Porque eu paguei um mico com ele hoje. – murmurei, sentindo minha bochecha queimar.
“Como assim? O que aconteceu?” – perguntou com sua voz familiar de fofoqueira em alerta.

   Gemi arrependida, agora teria que contar meu mico, bufei e sem outra alternativa contei tudo.
   Já se passaram meia hora que Mary ria de mim pelo telefone, eu já estava ficando sem paciência.

— Já acabou? – perguntei, assim que a ouvi da um suspiro forte.
“Acho que sim” – falou sem folego.
— Ótimo. – grunhi com raiva. Eu sei que foi ridículo o que me aconteceu, mas ela sendo minha melhor amiga ela devia me apoiar não é?
“Você. é. muito. Besta” – falou pausadamente, bufei mais alto. “Ok, desculpa.” – riu.
— Tchau Mary. – grunhi.
“Manda uma mensagem pra ele.” – falou rapidamente.
— Que? – perguntei confusa.
“Isso mesmo, manda uma mensagem pra ele. Nem precisa se identificar.” – falou rindo, franzi o cenho pensando melhor, seria uma má ideia? “SEUS PIRRALHOS DESÇAM DAI” – gritou, me fazendo afasta o telefone em uma distancia considerável para o bem dos meus tímpanos.
— São os gêmeos? – perguntei rindo, ouvi-a bufar e um barulho de vidro no fundo.
“São! Eu odeio quando eles me deixam com esses demônios. CARALHO DEMONIO NUMERO UM DESCE DAI SUA CRINÇA POSSUIDA!” – foi a ultima coisa que ouvi dizer, ate a ligação ser finalizada e só os “tuns tuns” da linha surgi. Olhei o meu celular por um momento, e cliquei na pequena carta, indo em “escrever nova mensagem”.
— Só posso esta endoidando. – murmurei pra mim mesma, olhei pra minha mochila encostada na cadeira e pulei da cama, a peguei e enfiei a mão dentro encontrando o papel, voltei pra cama, com o celular em uma mão e o papel na outra. — O que eu tenho a perder? –me questionei, olhando a folha.

    Sua dignidade. Uma vozinha chata resmungou na minha cabeça. Balancei a cabeça e comecei a digitar uma mensagem, ele não saberia que sou eu mesmo.

De: Admiradora secreta.
Para: Justin.

Oi. Você pode não me conhecer, mas saiba que te conheço muito bem, afinal, sou uma garota que vive suspirando apaixonada só em ver você, me desculpa se estou sendo idiota te enviando isso, mas é que eu realmente gosto de você.”.

   Olhei a mensagem e com um pouco de coragem que não sei onde encontrei cliquei no botão “enviar”, sabe aquele arrependimento que te dá logo depois que você faz a burrada? Foi o que me aconteceu, mas era tarde de mais, logo apareceu o “v” informando que a mensagem foi enviada, respirei fundo tentando controlar meu coração e meu estomago, provavelmente ele nem responderia, excluiria a mensagem e fim. Constatar isso me deixou triste, mas era o melhor, coloquei o celular no criado mudo e resolvi tomar um banho, peguei uma roupa leve e fui até o banheiro.

   Quando sair de lá, me sentia mais leve, meu corpo estava mais fresco e tudo era cor de rosa... Nossa isso foi muito Mary. Balancei a cabeça rindo, e entrei no meu quarto, coloquei a roupa suja no cesto, e peteei meus cabelos, mas tudo parou assim que olhei meu celular com a luzinha verde piscando, meu sangue gelou, e como nos filmes de terror andei ate o criado mudo lentamente, peguei o celular e cai com tudo na cama ao ler o pequeno texto: “Nova mensagem”. Pensei muitas maneiras daquela mensagem não ser do Justin, afinal pode ser uma dos milhares de mensagens que recebo da operado, sim, era a operado me informando de mais uma promoção.
   Cliquei no botão abrir e quase derrubei o celular quando li o nome do remetente.

De: Drew
Para: Desconhecida.

Olá, Quem é você? Como conseguiu meu número? Você me deixou curioso :p

Continua...




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Um comentário:

  1. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk amei a Mary!! adorei ela. serio que a fic é baseada em uma historia que te aconteceu? nossa! kkkkkk amei, ansiosa pra a proxima

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