Sofrer dói. Dói e não é pouco. Mas faz um bem danado depois que passa.- Caio Fernando Abreu.
“– Vamos gracinha”...
– Por favor, me deixa!- disse desesperada
– Prometo não te machucar... Ainda! – falou
ele rindo”
–
NÃO! – gritei ofegante
Acordei como sempre me acordava, suada e
chorando.
Ótimo!
Olhei para o criado mudo, ao lado da cama
para checar o relógio: 03h26min, já imaginava como sempre me acordava antes
do relógio desperta, e para piorar nunca conseguia voltar a dormi.
Isso
explica as olheiras.
Peguei minha cartela de cigarro e o
isqueiro que sempre ficava no criado mudo e acendi puxei a fumaça com tanta
força, sentindo ela entra no meu organismo, faz mais ou menos uns seis anos que
fumo, minha “mãe” odeia isso e meu “pai” também, principalmente a Dona Santina,
como medica ela odeia ver a “filha” dela estragando seus pulmões, palavras
dela, mas pra mim tanto faz, todos iremos morre mesmo, só estou antecipando.
Levantei-me indo para a sacada do meu
“novo” apartamento, faz mais ou menos 2 semanas que me mudei de casa, e estou
em um de novo na faculdade, digo de novo, pois esse já é a terceira faculdade
em que entro, eu sei, estranho né, mais sempre ocorre um problema com a “garota
intocável” um apelido que colocaram em mim.
Hilário.
Hoje é exatamente meu primeiro dia de aula,
em pleno Julho, perde muita coisa, mas não me preocupo, se eu te vir sorte me
adapto rápido com a faculdade. Quero dizer, me distancio o mais rápido
possível, para não ser notada.
Priiiiiiiiiiiiiiiim.
Entrei em casa e fui desligar o despertado.
— Atrasado
de novo. – sorri sem humor para o despertado, que marcava seis horas.
Tomei meu banho, coloquei uma jeans e meu
casaco cinza com capuz e meu all star, e sai rumo ao meu destino.
A
faculdade não era nenhum monstro na verdade, as pessoas pareciam normais, bom,
pelo menos comparado a mim sim. Andei pelos corredores, onde graças a Deus, não
estava muito movimentada, fui pelos caminhos mais distantes possíveis de alguns
alunos que ainda estavam por lá, fui direto uma sala com uma porta de madeira
que havia uma placa onde liasse: COODERNADORIA.
Respirei fundo e entrei, rezando que não
houvesse nenhuma pessoa do sexo masculino por lá.
Azar.
Nunca disse, mas minha sorte é péssima,
quando entrei dei de cara com um garoto, alto comparado a mim, na faixa de uns
19 anos, ele estava de brusco conversando com uma senhora, minha vontade de ri
veio rápido, a cena era hilária, uma senhora que devia ter uns 56 anos se
derretendo por um “adolescente”, como disse hilário.
O garoto parecia querer persuadi-la, e acho
que estava conseguindo, me distanciei o máximo que pude a sala não era tão
pequena ao ponto de me fazer ter qualquer contato com ele, a conversa parecia
não ter fim, já estava desistindo, eles nem haviam me notado lá, sentei em uma
das cadeiras que havia abraçando minha mochila.
— Eu
sei Sr. Bieber, mais como você entrou o programa de calouro é seu dever ajudar
à novata. – estremeci essa novata por acaso sou eu?
— Eu
sei, mas em pleno Julho, por que aceitaram uma aluna tão tarde, já estamos
terminando o primeiro semestre e entrando no próximo. – pelo tom de sua voz ele
parecia com raiva.
— Eu
já lhe disse, ela é filha de uma amiga muito próxima do diretor. – O.K
confirmado, sou eu mesma.
— Isso
é injusto com os demais alunos. – disse ele socando de leve a bancada,
estremeci.
Um
inimigo. Que maravilha.
— Como
ela se chama? – Ótimo, agora ate meu nome ele vai saber.
— Deixe
me ver. – disse ela mexendo em um dos papeis espalhados. — Err... Isabella...Isso...Isabella
Stewart.
Prazer pessoal.
Abaixei minha cabeça e respirei fundo, acho
que fundo demais, não ouvia mais nada dos dois e resolvia levantar a cabeça, me
arrependi logo, pois os dois estavam me olhando.
— Err...
Oi. – disse sem jeito.
— Um
momento, senhorita? – disse a senhora com a sobrancelha erguida, limpe a
garganta.
— Isabella,
Isabella Stewart. – os dois arregalaram os olhos, o garoto saiu da sala sem
dizer nada e a senhora sorrio, totalmente sem graça.
Peguei meus horários, e segui meu caminho,
totalmente sem direção devo acrescentar. Coloquei meu capuz pra cima, e abaixei
minha cabeça, torcendo para ser invisíveis, as aulas ainda estavam acontecendo,
por isso os corredores estava praticamente vazia, minha cabeça estava aérea,
que nem percebi que estava sendo acompanhada, virei assustada, e acabei
escorregando no chão, que por piado do destino estava molhado. Ele então me
segurou, não entendi como, ou o porquê, mas não senti nada, aquele medo que
sempre tenho quando alguém, especificamente do sexo masculino, me toca, não
senti com ele, nada, só uma corrente elétrica, sei lá, como se uma eletricidade
visse dele e passasse para mim.
— O
que pensa que esta fazendo? – falei puxando o braço que ele segurava e levando
ao meu peito, me abraçando.
— Eu?
Garota eu te salvei, e você me trata assim? Francamente. – falou ele debochado.
— Salvou?
Garoto por sua causa eu quase cair. – falei irritada, ele começou a sorri.
Não sei o que esta acontecendo comigo, nunca em toda minha miserável
vida eu quis chamar a atenção, sempre quis ser invisível, e agora eu estou
aqui, no meio do corredor discutindo com o garoto que agora apouco estava-me “insultando” não diretamente, mas não gostei do
jeito que ele falou.
O.K!
Ele me olhou com um sorriso idiota nos
lábios, bufei e continuei andando.
— Ei,
espera! – o infeliz gritou e veio correndo ao meu encontro. — A senhorita não é a novata?
— Pelo
que você percebeu lá dentro, sou eu mesma. – disse fria, ele ergueu a
sobrancelha.
— Wow,
pera ai, o que te fiz?
— Olha
eu sei que você não quer me ajudar, e sabe de uma coisa eu ate agradeço. –
disse rapidamente e me virei.
Quando estava a dar um passo, ele segurou meu braço, e me fez olha-lo,
me perdi naquele par de olhos cor de mel, e novamente seu toque me fez sentir
uma corrente elétrica, olhei assustada para ele, nunca depois do que me
aconteceu eu deixei homem se quer me tocar, nem meu pai conseguia, eu era
adotada, mas confiava nele, mas se tentasse eu pirava, eu surto sempre que
algum homem me toca, mas com ele esse garoto é diferente, e
sinceramente isso me assusta.
Antes de falar alguma coisa, o sinal começa
a tocar e eu sinceramente comecei a me desesperar, puxei meu braço e sai
correndo.
Como
disse antes, sou uma azarenta.
Acabei esbarrando em um garoto, repito
garoto, cai no chão, mas antes de perceber o que aconteceu, o garoto se abaixou
e sorrindo malicioso pegou em meu braço.
— Oi
gracinha, na próxima olha por onde nada. Chamo-me Mike e você?
Sai correndo pelos setores do supermercado
com minha mãe gritando atrás de mim para parar, mas eu só tenho seis anos, e
esse local e grande, vou corre.
Corri feita louca, olhai para trás para vê
se mamãe ainda vinha, e lá estava ela, toda descabelada correndo atrás de mim,
só pensei uma coisa.
Corre mais.
Mais quando olhei para frente de novo e
acabei esbarrando em uma pessoa, vou direto pro chão.
Doeu
muito.
A pessoa que esbarro em mim se abaixou e
segurou meu braço, e sorriu pra mim.
— Oi
gracinha, se machucou? – balancei a cabeça negativamente. Menti — Na próxima é melhor olhar por onde nada
não é? – balancei a cabeça em sinal que sim, ele sorriu e me levantou. — Me chamou Fernando e você linda? –
sorri.
Pov. Justin
Não estava gostando nada de ter que ajudar
uma novata, que entra em pleno Julho, só por que e filha de uma das amigas do
diretor, mas pelo que sei nem filha de verdade ela é, é adotada, mas isso não
vem ao caso, estou puto porque, por causa dessa garota, não vou poder me
encontrar com a gostosa da Cristina.
As aulas na faculdade são cansativas, faço
faculdade de medicina, por sonho de minha mãe, Pattie, e por indicação do meu
pai, Jeremy, por isso preciso “relaxar” às vezes, principalmente agora que
estou quase me formando
Droga.
Até tentei persuadi a coordenadora com meu
charme, aquela velha sempre teve uma queda por mim, estava na hora de usa-la,
não que eu me ache nem nada, mas vamos dizer que as garotas simplesmente se
derretem por mim.
Quando estava na coordenadoria usando do meu
charme, por ironia do maldito destino a tal novata aparece deixando a mim
boquiaberto, a garota era super. Gostosa, cabelos longos castanhos, olhos
também castanhos, a boca vermelha e bem carnuda, seu corpo era pequeno mais era
perfeito, um ima para a perdição. Sai da sala envergonhado, afinal estava
falando dela, e ela ouviu tudo.
Fiquei
do lado da coordenadoria esperando por ela.
Quando ela saiu, ela nem me percebeu,
colocou seu capuz pra cima e abaixou a cabeça, mais por que, ela é linda, minha
vontade era de arrancar aquele capuz e dizer que ela era linda e não devia se
esconder assim, ela andava pelos cantos dos corredores, que naquele momento
estava vazia, comecei a acompanha-la, mas ela não havia percebido minha
presença, quando percebeu se virou rapidamente e quase escorregou no piso
molhado, mais a segurei pelo braço, e algo inexplicável aconteceu comigo, minha
mão formigou e foi com se uma corrente elétrica passe por nos, acho que ela
sentiu o mesmo, pois me olhou assustada, e puxou seu braço se abraçando, como
por um modo de se defender.
— O
que pensa que esta fazendo? – ela parecia zangada.
— Eu?
Garota eu te salvei, e você me trata assim? Francamente. – falei debochando.
— Salvou?
Garoto por sua causa eu quase cair. – ela falou irritada me fazendo ri, bem não
era esse tipo de reação que desperto nas garotas, aquilo me intrigou.
Ela olhou para mim com um olhar assassino,
que a deixou mais linda e sexy, bufou e saiu andando.
Por
quê?
— Ei,
espera! – gritei e corri para perto dela — A
senhorita não é a novata?
— Pelo
que você percebeu lá dentro, sou eu mesma. – ela me disse fria, ergui a
sobrancelha e perguntei a coisa mais idiota do mundo.
— Wow,
pera ai, o que te fiz? – eu sei o que fiz, mas ela zangada é tão linda.
— Olha
eu sei que você não quer me ajudar, e sabe de uma coisa eu ate agradeço. – ela
disse rapidamente e se virou, não ela não iria me deixar.
O que
eu pensei?
Mas antes dela dar um passo segurei seu
braço, não sei o porquê, mas ela era uma ima, e a mínima distancia me
deixava... Angustiado? A fiz me olhar, seu olhos eram lindos, ela me olhava e
simplesmente me perdi ali, e novamente toca-la me fez voltar aquelas sensações
tão novas para mim, mas também tão fascinantes, ela me olhou assustada, não
entendia o por que.
Mas antes de dizer algo o sinal começou a
tocar e ela saiu correndo me deixando sem entender nada, resolvi ir atrás dela.
Quando cheguei havia um tumulto, uns
montões de pessoas faziam um circulo em volta de algo que estava acontecendo,
fui entrando e pedindo passagem, quando vejo a cena mais chocante para mim,
Isabella estava no chão em posição fetal, com os braços em volta dos joelhos e
gritava, chorava, aquilo de alguma forma me atingiu, olhei ao redor e vi o Mike
perto dela, a raiva me subiu.
— O
QUE DIABOS VOCÊ FEZ A ELA SEU MERDA? – gritei o puxando pelo colarinho da
camiseta, ele me olhou assustado.
— Eeeu?
Nada, eu juro Justin, eu sem querer esbarrei nela e ela começou a chorar, ele é
louca! – meu sangue ferveu, e por raiva o empurrei para parede e segurei em seu
pescoço.
— Me
escute bem, nunca mais a chame assim. – disse baixou mais com um tom ameaçador.
— Escutou bem, Mike? – o saltei e
ele caiu no chão, puxando o ar com força, ele apenas balançou a cabeça em sinal
positivo.
Virei para olhar Isabella que ainda estava
do mesmo jeito, as pessoas agora olhavam para mim e para Mike assustada, admito
que ate a mim assustou, nunca me senti tão atingido quando a vi assim, como se
eu tivesse que a protegê-la, olhei para ela e a cada lagrima que escorri em seu
rosto, meu coração se apertava mais, fui indo em direção a ela, mas a diretor
que ate aquele momento não havia percebi a presença me impediu.
— Sr.
Bieber, é melhor não. – disse ele segurando meu braço
— Chamaram
a família dela? – perguntou um professor que estava por perto.
— A
família dela não mora aqui são de Ohio. - disse a diretor. — Acho que devemos esperar esse surto
passar. - aquilo foi à gota d’ agua, como não iriam fazer nada, me saltei do
diretor e fui em direção a ela, sua cabeça estava baixa, seu gritos de agonia
me machucavam.
— Bella?
– chamei baixinho, ela levantou a cabeça seus olhos estavam vermelhos, ela
então parou de gritar. — Tudo bem,
estou aqui. – comecei a me aproximar dela, segurei suas mãos que estavam
tremulas e a puxei, deitando sua cabeça no vão do meu pescoço, ela soluçava ,
começou a se acalmar, as pessoas que assistiam ficavam perplexas, depois dela
se acalmar, a enfermeira a tirou de mim, e a levou a enfermaria de lá.
Não entendia mais nada, segui para sala com
todos me olhando estranho.
— Justin...
err.. Obrigada. – ouvia a voz de do diretor atrás de mim, me virei e o olhei.
— Não
fiz nada de mais, diretor. – disse seco, ainda estava zangado com a conduta dele,
como ele preferia deixar o “surto” dela passar.
— Sr.
Bieber, você não entende, Isabella sofre de Androfobia* e Afefobia*, ela
simplesmente tem medo de ser tocado por homens. – aquilo me chocou, olhei para
ele sem entender.
— Mas...
como? – perguntei confuso.
— Seus
pais adotivos nunca me disseram só me informaram dessa fobia e o que acontece
caso é tocado por homens. – ele disse simplesmente.
— Mas?
... Como? ... Eu? – estava tão confuso que não consegui formular uma pergunta.
— Não
sei dizer como você conseguiu esse feito. – ele disse e tocou em meu ombro. — Mesmo assim obrigada rapaz, terei que
informa a família dela. – e saiu, me deixando no meio do corredor, sem entender
o porquê dela não surta quando eu a toquei.
CONTINUA...
RECOMENDA A FANFIC?
Nota Final: O primeiro capitulo postado, bem essa fic de inicio terá apenas 10 capítulos mas tudo vai depender do que vocês meus leitores vão achar, então comentem (: Obrigada mesmo vocês que nunca deixam de comentar serio, obrigada mesmo. Muita coisa vai acontecer, mas vou avisando essa fic é muito melosa *o*
Obs: *A Androfobia é o medo anormal de homens *Afefobia é o medo exagerado de ser tocado, seja sexualmente ou não.
ADOREI!!!
ResponderExcluirEstou ansiosa para o 2º capítulo!
u.u paixão a primeira vista, pq com ele ela não surtou ?? o.o continuaa quero saber mais disso ! bjs
ResponderExcluirAAAAAMEEIII!! putz, muito perfeito! agora fico louca pra ler o 2cap. *------*
ResponderExcluirA-M-E-I!!
ResponderExcluirAwn adoreiiii, continua?
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